As inquietantes configurações climáticas, ambientais, sociais e subjetivas que representam o que alguns têm chamado de Antropoceno, convocam a repensar o design e as demais disciplinas projetuais. Especialmente no campo do design para a sustentabilidade, nota-se a possibilidade de abertura de brechas para buscar e propor novos modos de criação que se inspiram nas ecologias e se entrelaçam com os estudos multiespécies. Neste artigo, sugere-se a oportunidade de procurar parcerias projetuais outras-que-humanas e avalia-se como essas parcerias podem nos ajudar a pensar e fazer design de outras formas. O artigo é guiado pelo relato da experiência “Devir-Fungo! Micélio como método” elaborada por Yasmine Ostendorf-Rodríguez. A atividade é organizada por meio de perguntas e reflexões coletivas sobre os modos de vida dos fungos. Finalmente, os ensinamentos criativos derivados dessa experiência são trazidos para o campo do design. Em tempos de solucionismos, individualismos e simplificações, o artigo propõe perguntas, parcerias inusitadas e complexidades.