O consumo de energia elétrica ocupa o segundo lugar das fontes energéticas mais consumidas no Brasil e está diretamente ligado ao conforto do usuário no interior das edificações, tanto o luminoso quanto o térmico. Para criação de políticas públicas e alterações nas diretrizes de construção de novos edifícios a fim de incentivar as práticas de uso racional de energia nas edificações, o presente trabalho tem como objetivo avaliar o cumprimento das estratégias estabelecidas por norma para conforto térmico e a utilização de iluminação natural em uma residência unifamiliar em Açailândia, Maranhão. Para isso, comparou-se o projeto da residência com o gráfico de Givoni para a região e com a norma regulamentadora de conforto térmico NBR 15220-3 e realizou-se simulação dinâmica da iluminância útil da luz natural. A residência não atingiu ou atingiu parcialmente os requisitos estabelecidos pela normatização, entretanto seus cômodos de permanência apresentam iluminação entre 300 e 3000 luxes, sendo o aceitável e desejável para estes ambientes. Por tanto, concluiu-se que a residência apresenta iluminação desejável na maior parte do ano, entretanto não é termicamente confortável, portanto, torna-se necessário a utilização de soluções para atingir o conforto térmico, desde que não influenciem negativamente na iluminação do ambiente.