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Rodízio das Firmas de Auditoria e Gerenciamento de Resultados após a Adoção das IFRS: Evidências das Empresas dos Setores de Consumo Cíclico e Não Cíclico da B3
Ronan Reis Marçal, Luiz Alberton

Última alteração: 2020-04-08

Resumo


Estudos anteriores relacionaram a qualidade da auditoria com a qualidade da informação contábil. Enquanto o rodízio das firmas é apontado, geralmente, como uma medida de caráter positivo da auditoria, os accruals discricionários são indicados como um parâmetro negativo das demonstrações contábeis. Com a adoção das IFRS, os gestores passaram a ter mais liberdade em certas escolhas contábeis, fato que sugere um aumento no volume de accruals discricionários e, portanto, uma redução na qualidade do reporte do resultado do período. Dessa forma, este estudo buscou analisar a influência do rodízio das firmas de auditoria, após a adoção das IFRS, na incidência de gerenciamento de resultados das empresas dos setores de consumo cíclico e não cíclico listadas na B3. A escolha por tais setores decorreu da relevância dos mesmos perante a economia nacional e também dos resultados de oposição entre si diagnosticados por Silva e Bezerra (2010) durante o período anterior à adoção das IFRS. Considerando uma amostra de 200 observações referentes a 40 diferentes empresas entre 2014 e 2018, foi possível verificar diante de estimações com dados em painel e de estimações por Mínimos Desvios Absolutos que o rodízio das firmas não reduziu o nível de gerenciamento de resultados. Isso ocorre independentemente da relação dessa variável com o setor observado, sugerindo uma indiferença setorial nesse aspecto. Estes resultados auxiliam a suprir uma lacuna literária sobre os efeitos da troca de firma de auditoria, após as IFRS, nas práticas de gerenciamento de resultados; além de disporem aos usuários externos noções sobre a qualidade do lucro reportado pelas empresas dos setores observados quando estas passam a ser auditadas por novas firmas.


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