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AFINAL, OS OBJETOS FALAM? REFLEXÕES SOBRE OBJETOS, COLEÇÕES E MEMÓRIA
Última alteração: 2019-10-14
Resumo
Este trabalho parte do questionamento acerca da fala simbólica dos objetos assentando a ideia de que estes estão relacionados às coleções - abordadas como representações da memória. Tanto o livro impresso quanto uma peça de indumentária são considerados motivadores de colecionismo e ao longo dos anos podem ser re-significados. O objeto possuído, transformado em suas funções, passa a carregar narrativas que engendram uma eloquência que reproduz sua vida social. Ao incluir na categoria de objeto o livro impresso, produto de uma manufatura, pretende-se, por meio de uma discussão que considera a Bibliografia Material e a História do Livro, analisar o seu papel no contexto da memória das coleções e dos indivíduos. A metodologia buscou deslindar, através de uma revisão de literatura, de que maneira as trajetórias e as memórias desses objetos se constroem e como eles as expressam, isto é, como falam. Percebeu-se que, seja numa peça de indumentária ou num livro, o passado sobrevive e dialoga a partir das marcas. No caso dos livros, as marcas de proveniência, que dão voz a objetos silentes em reservas técnicas ou bibliotecas. Ao finalizarmos, confirmamos nossa questão inicial com a assertiva de que os objetos são fundamentais para a rememoração e que colecioná-los é um ato contra a dispersão e o esquecimento.
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