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Dados de pesquisa têm alterado o processo de comunicação científica principalmente pela introdução de práticas que remetem a fluxos de trabalho mais cooperativos, transparentes e eficientes. Por esse ângulo, a condução de estudos sobre as práticas de produção/obtenção, compartilhamento e re(uso) de dados de pesquisa sob a dimensão das diferenças disciplinares tem sido relevante, especialmente, à luz da Ciência Aberta. O objetivo deste estudo foi identificar as práticas de produção/obtenção, compartilhamento e (re)uso de dados de pesquisa em Química, Antropologia e Educação. Em sua dimensão metodológica, é uma pesquisa de natureza descritiva, na qual foram utilizados a estratégia de investigação qualitativa e o método de levantamento. Os participantes do estudo foram docentes permanentes dos Programas de Pós-Graduação em Química (três pesquisadores), Antropologia (três pesquisadores) e Educação (quatro pesquisadores) da Universidade de Brasília. A coleta dos dados procedeu mediante a realização de entrevistas semiestruturadas. O software NVivo (edição Starter) foi utilizado para auxiliar os procedimentos de análise dos dados coletados. Os resultados do estudo apontaram diferenças entre as três disciplinas, no tocante aos aspectos que influenciam a produção/obtenção de dados, aos fatores que estimulam ou inibem o compartilhamento de dados e aos fatores que estimulam ou inibem o (re)uso de dados. Entre as conclusões, destaca-se que as diferenças disciplinares são fundamentais para o desenvolvimento ou aprimoramento de sistemas de informação que gerenciam dados de pesquisa.