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OS SERES VIVOS E A TEORIA DA RESTAURAÇÃO DE CESARE BRANDI
Última alteração: 2019-10-14
Resumo
Espécimes biológicos passaram a adquirir, durante o século XX, status de bens culturais. Os espaços destinados à sua exposição são normalmente designados por jardins zoológicos e jardins botânicos, mas também incluem os parques naturais, segundo a classificação de museus existente nos estatutos do Conselho Internacional de Museus. A produção científica que trata os seres vivos como objetos musealizados, assim como os museus a estes destinados, ainda é escassa no campo da Museologia. O presente trabalho tem por objetivo realizar uma reflexão preliminar sobre a Teoria da Restauração desenvolvida por Cesare Brandi e de como os conceitos estabelecidos por este autor se relacionam aos seres vivos, para os quais a teoria, inicialmente, não se aplicaria. A metodologia empregada na pesquisa, de cunho descritivo-exploratório, fundamentou-se na análise da Teoria da Restauração de Brandi, publicada em 1963, à luz dos conceitos estabelecidos pelo campo da Biologia, com o intuito de fazer um paralelo entre as definições formuladas para a restauração dos objetos de arte e monumentos e os seres vivos. A análise detectou que as proposições estabelecidas por Brandi podem ser perfeitamente adaptadas e aplicadas à instância biológica, ampliando, assim, o escopo desta Teoria. Contudo, esta aplicabilidade só será efetiva se o raciocínio for direcionado para a espécie e não para os espécimes individualizados, como a unidade na qual os conceitos da restauração proposto por Brandi devem ser aplicados.
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