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No setor elétrico, ativos podem ser equipamentos, materiais e instalações que se destinam à prestação do serviço. As distribuidoras de energia obtêm grande parte de suas receitas por meio da remuneração dos investimentos feitos em ativos, sendo que a taxa de depreciação desses ativos representa a parte diretamente gerenciável dos seus custos. Assim, para maximizar a remuneração por seus investimentos, as informações sobre a “saúde” do ativo necessitam ser registradas e geridas de modo confiável, consistente e auditável, minimizando falhas, otimizando manutenções, reduzindo custos e riscos e determinando o momento ideal para reformar ou substituir o ativo. Isso se assemelha, no contexto médico, ao prontuário de paciente. Entretanto, as informações sobre um ativo são produzidas e modificadas por diferentes áreas da empresa (como regulatória, técnica, contábil e outras) nos mais variados formatos, em tecnologias distintas (muitas vezes em soluções federadas) e, em muitos casos, com jargões e terminologias bem diferentes. Com o desenvolvimento deste trabalho se espera alcançar a definição do domínio do conhecimento capaz de estabelecer vínculos semânticos entre os diferentes sistemas que contêm as informações sobre os ativos. Para tal, realizou-se pesquisa por trabalhos correlatos, acadêmicos, normativos e regulatórios cujo objetivo consiste em integrar as informações. Por meio da análise dos resultados, foi possível definir o escopo do artefato ontológico que será construído com vistas a favorecer o processo de conciliação física e contábil de uma concessionária de energia. Ao fim, apresenta-se e justifica-se o Manual de Controle Patrimonial do Setor Elétrico como o resultado da pesquisa.