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(DES)INFORMAÇÃO DA SAÚDE: O AUTISMO NO ESPELHO DA CLASSIFICAÇÃO
Fernanda Valle, Gustavo Saldanha

Última alteração: 2019-10-14

Resumo


De acordo com a Organização Mundial da Saúde, uma, em cada 160 crianças, é autista. A despeito de todo progresso científico incontestável, o Transtorno do Espectro do Autismo desafia diversas áreas do saber. Sem consenso sobre sua causa e múltiplas consequências atestadas no desenvolvimento humano, o autismo instiga a Ciência da Informação a se tornar agente importante na compreensão dos fenômenos informacionais no campo, especialmente em relação à organização e à representação do conhecimento. Em pesquisa documental preliminar, verificou-se escassez de fontes sobre o domínio em Ciência da Informação, indexadas como produção brasileira, além de frágeis relações terminológicas em vocabulários controlados relevantes para o tema, como a Classificação Decimal de Dewey, Classificação Decimal Universal e descritores em Ciências da Saúde. A ausência de informação em saúde no domínio do autismo no contexto das linguagens documentárias sustenta, pois, a hipótese da pesquisa relacionada à produção de desinformação sobre o tema, dada a impossibilidade de recuperação da informação. Nessa direção, o presente trabalho, que integra pesquisa mais ampla, propõe uma reflexão teórica sobre os conceitos de poder, classificação e identidade. A partir da teoria crítica da classificação, discutiu-se a construção dos discursos identitários, a definição ontológica do ser e as classificações científicas em saúde.

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