Última alteração: 2019-10-14
Resumo
O trabalho reatualiza conceitos pautados nos resultados de pesquisa realizada entre 2014 e 2016 dedicada à análise do processo de empoderamento do indivíduo globalizado - então definido pelas autoras como aquele que transita autonomamente pelas mídias digitais por intermédio de aparatos móveis. O objetivo da pesquisa foi investigar o ambiente tecnológico virtual tecido pelos novos protocolos comunicacionais e suas relações com este indivíduo e o museu. A metodologia incluiu análise imagética comparativa no Instagram durante dois anos (2014 e 2015), utilizando os termos: #museu; #museum; e #museumselfie. A partir de um recorte pontual dos resultados apresentados em 2016, voltamos a discutir os modos e formas como se utiliza, hoje, o aplicativo Instagram nas redes sociais, bem como suas diferentes ressignificações e produções de novas subjetividades no substrato digital. Neste contexto, o museu vem sendo apropriado como um verdadeiro laboratório imagético, resultando na difusão virtual do uso das tecnologias digitais, em consonância com as variadas formas com que opera esses dispositivos móveis. Tais movimentos vêm impregnando de modo considerável as práticas documentais em museus, mas principalmente as práticas expositivas, impelindo os museus instituídos a incorporar essas novas linguagens como dispositivos cotidianos de comunicação. No novo corpo comunicacional imerso nas tecnologias digitais, o museu se revela assim, cada vez mais, como fenômeno e potência, suscetível às experiências dos mais diferentes saberes e poderes; e se reconfigura como um espaço exploratório digital/virtual para as tecnociências contemporâneas, estabelecendo um elo entre o humano e seus mundos.