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“A BIBLIOTECA DEVERIA ESTAR DO NOSSO LADO”: COM/SOBRE QUILOMBOLAS E INDÍGENAS E SUAS RELAÇÕES COM A BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA
Mayco Ferreira Chaves, Lidia Silva de Freitas

Última alteração: 2019-10-11

Resumo


Como parte de um estudo mais amplo sobre os processos de mediação de informação nas bibliotecas em contextos multiculturais, nos limites deste artigo será exposta uma primeira aproximação para compreender a relação de estudantes quilombolas e indígenas com a biblioteca de uma universidade da região oeste do Pará, na cidade de Santarém. Neste, caminhamos em direção à contribuição para as discussões sobre situações enfrentadas por quilombolas e indígenas na Universidade, que muitas vezes são silenciadas, negadas ou invisibilizadas, além de mostrar que a biblioteca não só pode como deve ser um espaço que proporcione condições para a permanência desses grupos, colaborando para a efetividade das políticas de ações afirmativas. A pesquisa é do tipo qualitativo, exploratório e de cunho etnográfico, fazendo uso de entrevistas, observações e anotações de campo para a coleta de dados e a Análise do Discurso como método analítico e interpretativo. Considera-se que é fundamental que a biblioteca reconheça a diversidade étnica e cultural de sua comunidade e suas plurais necessidades informacionais a fim de se pensar em uma mediação que proporcione de fato oportunidades de igualdade, respeito às diferenças e à autonomia, e mais, que essa mediação seja pensada com os diversos grupos, numa relação de diálogo crítico e ações de compartilhamento de saberes e conhecimentos, para (re)pensar a estrutura, as práticas, as políticas e as ações das/nas bibliotecas.


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