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Baseando-se na premissa que a informação contábil é relevante para o mercado de capitais de investidores de forma geral (Figlioli, 2017), para investidores sociais (Cruz, 2010) e também muito útil às empresas que enfrentam dificuldade para manutenção de sua atividade (Jupetipe, 2017), este estudo buscou identificar os fatores que levaram a empresa Guerra S.A. ao declínio e posterior encerramento das atividades. Considerando que as empresas passam por diversos processos ao longo de sua vida, atravessando dificuldades impostas por informações desencontradas e que tornam o ambiente organizacional propício a desencadear ciclos evolutivos nem sempre positivos na empresa, esta pesquisa empregou a abordagem da riqueza socioemocional de empresas familiares (Berrone, Cruz & Gomez-Mejia, 2012), a partir da perspectiva do declínio organizacional – uma fase do modelo do ciclo de vida proposto por Miller e Friesen (1984). A investigação foi realizada por meio de análise de conteúdo de reportagens extraídas de jornais e outras mídias virtuais. Optou-se por uma abordagem qualitativa, ao utilizar dados obtidos de fonte escrita e com a pretensão de compreender amplamente o fenômeno estudado (Godoy, 1995). O período de exame dos dados limitou-se de 2015 até 2018, por se tratar do intervalo de tempo em que a empresa começou a apresentar dificuldades (ao menos publicamente) até o momento em que houve a definição do encerramento das atividades. As comprovações obtidas sugerem que o declínio, última fase do ciclo de vida organizacional proposto por Miller e Friesen (1984) e, consequentemente, a falência e encerramento das atividades da Guerra S.A. deveu-se muito pelo fato de os tomadores de decisão não atuarem de forma eficaz e enérgica na resolução dos problemas enfrentados pela empresa e por disputas de interesse entre a controladora e o membro familiar que respondia por cotas minoritárias das ações.

DECLÍNIO ORGANIZACIONAL; EMPRESA FAMILIAR; RIQUEZA SOCIOEMOCIONAL.