Esse artigo vai evidenciar como o trabalho de memória do Museu dos Quilombos e Favelas Urbanos (Muquifu), localizado no Aglomerado Santa Lúcia, centro-sul de Belo Horizonte, reativou parte da Guarda de Congo da Vila Estrela por meio de uma série de homenagens à Sá Rainha Dona Marta. Por meio de observação participante e entrevista com parte da equipe do museu, sendo Mauro Luiz da Silva e Cleiton Gos, foi possível conhecer o desenvolvimento da exposição “Uma Rainha na Favela” e da pintura da Igreja das Santas Pretas, que trouxe o protagonismo de uma rainha sem Reino. Será ressaltada a relevância dos sujeitos para a apropriaçãrritório; Encontro; Museologia Social.o e resignificação do espaço museal na identificação do Reino de Dona Marta, que também colaboram com a festa do Rosário do grupo de Congado em homenagem à matriarca. Conclui-se que o encontro entre Museu, Igreja das Santas Pretas e Guarda de Congo da Vila Estrela foi uma confluência que trouxe à tona uma celebração que não era praticada há mais de uma década.